Por ser filho da arte, o design esbarra muito no fator “inspiração”. Muitos clientes acham que o profissional dormiu e sonhou com aquela ideia que colocou em prática, e acredito que muito dessa crença é responsabilidade dos profissionais.
Como o cliente saberá que aquele resultado mostrado teve um trabalhão danado por trás se ninguém mostra?
“Deus me livre mostrar o meu processo criativo” – disseram os designers perpetuando a ansiedade quase paralisante de apresentar um projeto.
Mas será que isso é normal? Tem que ser assim? Essas foram perguntas que eu me fiz quando estava prestes a ter um piripaque do Chaves no final de 2020. A respostas que eu mesma me dei foi “não, eu não quero que seja”.
Ao longo dos meus quase 10 anos trabalhando com marcas experimentei muitas maneiras de fazer reuniões de briefing, apresentações de projetos e inúmeras metodologias de trabalho. A maneira que me sinto mais confortável de trabalhar hoje é trazendo o cliente para pelo menos 4 etapas do meu processo de construção de marca:
- Briefing e diagnóstico;
- Universo conceitual e visual;
- Logotipo e diretrizes criativas;
- Identidade visual.
Se o seu processo criativo é inteiramente caótico talvez seja a hora de estabelecer uma metodologia lógica e progressiva onde, é claro, vai existir a etapa de caos criativo, mas também haverão as etapas de convergência e organização.
Vai por mim, isso pode melhorar muito a sua porcentagem de refação.
Sempre textos fodas, é isso aí. Vou resumir com: Concordo. Você é a profissional que eu mais gosto e a que mais me ensina.
Ita, curti muito esse post! Eu ainda não adequei a minha metodologia a incluir o cliente após o briefing e tenha pensado muito nisso e na segurança que isso pode dar pra o próprio cliente, mas confesso que me tira d aninha zona de conforto, rs. Tô em reestruturação e buscando pensar caminhos nesse sentido. O seu post ajudou a iluminar um pouco mais as coisas!
Ai Ita, a senhora é muito minha inspiração! <3
Toda vez que chega um pedido de orçamento novo pra mim eu converso com o cliente e falo que vamos construir o projeto juntos. É bom ter o olhar que o cliente também é parte criativa do trabalho, sem criatividade e ideias o cliente não tinha nem aberto um negócio, né? Claro, a gente tá ali ao lado executando, guiando e dando nosso parecer como profissional de design, mas depois que eu entendi que o cliente precisa estar mais envolvido, principalmente nas questões mais estratégicas da marca, eu tive muito mais retornos positivos sobre as entregas.
Texto maravilhoso! Obrigaduuu!